Herodes,
ouvindo que Jesus havia nascido, teme loucamente que este lhe viesse um dia a
tomar o trono. Mais que depressa, planeja tirar-Lhe a vida. Logrado pelos
magos, desesperado, condena à morte os meninos de Belém e arredores. No
entanto, o anjo aparece a José, ordenando-lhe que fugisse para o Egito. Na
mesma noite a Sagrada Família pôs-se a caminho. Assim, Aquele que viera para
salvar os homens, é obrigado a fugir dos próprios homens, sendo levado nos colo
afetuoso de sua aflita Mãe.
Também
nós somos peregrinos nesta terra. Vivamos sem apego ao mundo. “Não temos aqui
cidade permanente, mas esperamos a futura”. Mas, enquanto a cidade eterna não
chega, o sofrimento será o pão do cristão neste exílio. Nem poderia deixar de
ser assim. Houve o pecado; em consequência, haverá angústia para o pecador. Ser
cristão significa tornar-se um crucificado. Quanto mais perto chegarmos de
Cristo, tanto mais agudos sentiremos Seus espinhos. Quem esteve mais perto de
Cristo que Maria? Por isto, também ela teve que aceitar a mesma cruz.
Aceitemo-la igualmente, como Maria. Quando sentirmos nossas almas esmagadas
pela tristeza, então, estaremos na plena posse de Deus.
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